
Entre as funções de Fernanda Bitencourt, destacam-se as saídas a campo e a análise molecular de amostras
por Ana Carolina Vivan, especial
acmvivan@ucs.br
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O interesse pela agricultura está no sangue da acadêmica de Agronomia Fernanda Bitencourt. Natural de Nonoai, no Norte do Rio Grande do Sul, a filha de agricultores viveu no campo até os 10 anos. Aos 15 anos, Fernanda mudou-se com a família para Caxias do Sul para estudar e trabalhar.
As dificuldades na agricultura e a vontade de ver melhorias no trabalho rural foram os principais motivos que levaram Fernanda, hoje aos 28 anos, a cursar Agronomia. "Queria ter a oportunidade de ajudar o agricultor a resolver os problemas no campo, pois vivenciei as dificuldades do dia a dia", conta.
Há cinco meses, a acadêmica do 8º semestre atua em seu primeiro estágio. Orientada pelo professor Sergio Echeverrigaray Laguna, do Centro de Ciências Agrárias e Biológicas, ela é bolsista na pesquisa intitulada "Caracterização molecular de vírus e fitoplasma associados ao enrolamento foliar e Xylella fastidiosa em videiras da região da Serra gaúcha", desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia Vegetal e Microbiologia Aplicada, no Bloco 39 da Cidade Universitária. A pesquisa consiste em verificar a presença de fitoplasmas, de Xylella fastidiosa e identificar as estirpes de vírus do enrolamento foliar em videiras (Vitis vinifera L. E Vitis labrusca L.) sintomáticas e assintomáticas na nossa região. Fernanda explica que, sabendose dos prejuízos causados por essas doenças nos cultivos de videira, da falta de informação sobre fitoplasmas e Xylella fastidiosa na região serrana do Rio Grande do Sul, e da semelhança de seus sintomas, dificilmente distinguíveis a campo, com os de outras doenças como o enrolamento foliar, muito comum na região, "torna-se fundamental a produção de novas informações sobre as condições fitossanitárias da viticultura, por meio de técnicas capazes de detectar e identificar seus patógenos".
Entre as funções da acadêmica, destacam-se as saídas a campo, o preparo e a análise molecular das amostras, leituras de artigos e pesquisas bibliográficas. É no Vale dos Vinhedos e no interior de Caxias do Sul que ela e a mestranda em Biotecnologia Ronize Rohr dos Santos realizam a maioria das visitas. Após analisar os parreirais, se forem detectados sintomas, amostras são coletadas. Como a análise precisa ser feita na fase correta do ciclo das plantas, a dupla continuou trabalhando durante as férias. E, segundo Fernanda, "os agricultores são sempre bem receptivos".
Para a carreira profissional de Fernanda, o trabalho agregará conhecimento na área de Biologia Molecular e na pesquisa em laboratórios. Já na prática, segue a intenção inicial: a de ajudar os produtores. "O que mais me motiva é a oportunidade de buscar melhorias para o agricultor. Além disso, também é uma contribuição para ajudar a economia da região", orgulha-se.
(Foto: Hugo Araújo)
* Matéria publicada na edição 9 da Revista UCS, do mês de março. Garanta o seu exemplar nos Campi e Núcleos da UCS.
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